O ar. Se existe uma coisa que pode ser considerada realmente
democrática são os gases presentes em nossa atmosfera. Ricos, pobres,
homens, mulheres e crianças, todos respiram as mesmas substâncias
gratuitamente, sem, às vezes, dar importância. A verdade é que pouco a
pouco estamos nos envenenando, como em uma garagem fechada com um
veículo à combustão ligado.
Só que em proporções muito maiores, fazemos o mesmo com o precioso
ar, responsável por nos manter vivos. Atualmente, energias renováveis e
ecologicamente corretas estão em evidência. No entanto, poucas coisas
realmente chegam ao mercado. Além disso, às vezes, mensagens erradas
são passadas através da mídia, colocando a motocicleta como uma das
principais poluidoras. Isso, em parte, foi verdade há tempos atrás.
Entretanto, com a introdução do Promot (Programa de Controle da
Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares), em 2002, a
história começou a mudar.
"O Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores) começou há 20 anos. As motos tiveram muito menos tempo
para se adaptar, mas agora com o Promot, elas já igualaram-se aos
carros", esclarece Moacyr Alberto Paes, diretor executivo da Abraciclo
(Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores,
Motonetas, Bicicletas e Similares). Seguindo os padrões das normativas
de poluentes europeias, o Promot chegou a sua 3ª fase em 2009.
E com as vendas de motocicletas em alta, no ano passado foram
comercializadas quase 2 000 0000 de unidades, é questão de tempo para
as motos com as antigas regras serem substituídas. Para melhorar ainda
mais, com o lançamento da CG 150 Titan Mix — 1ª moto bicombustível em
série produzida no mundo —, os índices caíram mais ainda. Por exemplo,
a Mix apresenta números bem abaixo dos exigidos.
Abastecida 100% com álcool, a nova Honda emite na combustão 0,444
g/km de CO (monóxido de carbono). Esse gás é proveniente da queima
incompleta de combustíveis e pode matar uma pessoa asfixiada. Ficar
exposto repetidamente ao CO causa problemas de visão e cardíacos, entre
outros. "Sempre temos preocupação com o meio ambiente e procuramos
estar um passo à frente. Por isso, a CG Mix está com níveis bem abaixo
do Promot3", explica Alfredo Guedes, engenheiro da Honda.
Mas não é somente o monóxido de carbono que preocupa. Os veículos
liberam também hidrocarbonetos (HC), óxido de nitrogênio (Nox) e
dióxido de carbono (CO²). Esse último, conhecido como gás carbônico, é
vital. Contudo, em excesso, pode ser fatal. De acordo com o Greenpeace,
a temperatura média do planeta é de 15ºC e isso só ocorre graças ao
dióxido de carbono com o seu efeito estufa. Se isso não ocorresse, a
Terra teria por volta de -17ºC.
Entretanto, mesmo parte do gás sendo reciclado pela fotossíntese das
plantas, sua produção excessiva causa prejuízos inimagináveis. Quanto
mais acumula-se na atmosfera, maior é a retenção do calor solar e,
consequentemente, aumenta-se a temperatura do planeta. No século
passado, a média global aumentou 0,7%. À primeira vista, podemos não
nos impressionar com o número. No entanto, caso continue nesse ritmo, o
ambiente se tornará mais hostil, com o aumento dos níveis dos oceanos —
devido ao degelo — e as tempestades ficarão intensas.
Em relação às emissões de CO², as motos são menos poluentes, comparando-se com os automóveis. Levando em conta a importância desse fator, na Europa, os veículos que têm emissões de gás carbônico mais baixas pagam menos impostos. No Brasil, dados do Relatório de Qualidade do Ar no Estado de São Paulo, realizado pela CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), em 2006, esclarece que um carro flex com motor entre 1.0 l e 2.0 l, emite uma média de 177 g/km de CO². Enquanto isso, uma moto de 150 cm³ ou menos, lança no ar cerca de 54 g/km de gás carbônico.
Em relação às emissões de CO², as motos são menos poluentes, comparando-se com os automóveis. Levando em conta a importância desse fator, na Europa, os veículos que têm emissões de gás carbônico mais baixas pagam menos impostos. No Brasil, dados do Relatório de Qualidade do Ar no Estado de São Paulo, realizado pela CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), em 2006, esclarece que um carro flex com motor entre 1.0 l e 2.0 l, emite uma média de 177 g/km de CO². Enquanto isso, uma moto de 150 cm³ ou menos, lança no ar cerca de 54 g/km de gás carbônico.
Ou seja, as motocicletas emitem menos de 1/3 dos valores dos
automóveis. Quando fala-se em poluição, outro fator agravante são os
congestionamentos. "O pior regime de operação do motor é em marcha
lenta", diz Homero Carvalho, gerente da CETESB. "Do jeito que as novas
tecnologias estão surgindo, temos um horizonte favorável. Agora
dependemos de um custo/benefício mais acessível", acrescenta. Assim,
utilizar motocicletas faz bem para seu bolso, devido à economia, e para
a saúde. E, no futuro, as emissões devem diminuir ainda mais,
preservando a natureza.
Economizando vidas O excesso de gases estufa na
atmosfera, entre eles o CO² (dióxido de carbono), provoca o aquecimento
global. Com uma camada cada vez maior de poluentes, os raios solares
ficam retidos ao redor do planeta, aumentando a temperatura. Os números
obtidos no relatório de análise do ar da CETESB, de 2006, mostram que
um carro emite três vezes mais CO², por km rodado, que uma motocicleta.
Isso sem falar, que, com os grandes congestionamentos, os carros
levam horas para atravessarem poucos quilômetros. Enquanto isso, as
motos já chegaram a seu destino e tiveram seus motores desligados. Esse
fator, torna impossível calcular o real benefício ao meio ambiente.
Entretanto, você pode fazer a conta de quanto CO² economiza andando
sobre duas rodas. Pegue um lápis e veja o quanto. O planeta agradece!
Combustível ruim polui mais A inspeção veicular
de poluentes começou em São Paulo, SP, no início de fevereiro. Das 3
934 motos vistoriadas em um mês e meio, 786 acabaram reprovadas. O
número corresponde a 20% do total. Um fator que estava agravando as
reprovações foi a má qualidade dos combustíveis utilizados. Assim, a
Secretaria do Verde e Meio Ambiente descartou o quesito diluição, que
corresponde à queima do combustível.
"No começo estava com uma certa desconfiança em relação às
inspeções, mas, percebi que também temos culpa e precisamos nos
preocupar com a poluição. É importante manter os veículos em ordem para
preservar o planeta", disse Ramatís Piscirilli Ramos, proprietário de
uma Amazonas 1600 aprovada na inspeção. Para evitar a reprovação na
vistoria, cuidar do meio ambiente e, consequentemente, da saúde, é
importante deixar a mecânica da moto sempre em dia e tomar muito
cuidado com os locais onde abastece.
Por Rafael Miotto In:
www.motociclismo.terra.com.br
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